11 novembro, 2009

Fyodor Okhlopkov (Snipers)

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Fyodor Okhlopkov
Sargento
(1908 - 1968)

 

 

 

 

 

 

okhlopkov_2 Fyodor Matveyevich Okhlopkov nasceu no dia 2 de março de 1908, na vila de Krest-Khaldzhay, situada na distante Sibéria, e que hoje fica na República de Sakha. Nas remotas regiões cobertas de neve do Oriente Soviético, Okhlopkov desenvolveu habilidades naturais de caçador, como era comum dentro da etnia Yakut. Ele e seu irmão mais novo, Vasily, cresceram trabalhando nas fazendas coletivas da região, e foi lá que descobriram que a Alemanha havido invadido a União Soviética em junho de 1941.

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Os dois partiram imediatamente para ajudar na luta, e andaram por quase uma semana  até chegar à estação de trem mais próxima. Conseguiram finalmente alistar-se em setembro de 1941 e foram designados para o 234º Regimento de Rifles. Assim que chegaram a Moscou, foram despachados para a linha de frente.
Alguns dias após entrarem em combate pela primeira vez, Vasily foi atingido pela bala de um sniper alemão, e faleceu nos braços do irmão. Fyodor jurou vingança e conseguiu um rifle Mosin-Nagant 1891/30 com mira telescópica. Ele tomou vantagem de suas habilidades de antes da guerra como caçador, e dispensou qualquer treinamento. A surpreendente carreira de sniper de Okhlopkov começou e em 14 de março de 1943 seu escore pessoal marcava 147 inimigos fulminados. Ele dizia preferir tiros na cabeça, pois: “eles eram 100% fatais”.

O Sargento Okhlopkov era freqüentemente chamado para eliminar snipers alemães, uma tarefa das mais perigosas. O duelo de snipers é um xadrez humano que requer paciência, destreza, reflexos rápidos e nervos de aço. O perdedor é recompensado com uma bala e morte instantânea. Okhlopkov sempre saiu vitorioso. Na última semana de outubro de 1943 ele eliminou 27 alemães. Em 13 de janeiro de 1944, sua marca pessoal atingiu 309 mortes. Enquanto suas víokhlopkov_3timas continuavam a amontoar-se, os feitos do Sargento Okhlopkov eram  brilhantemente explorados nos jornais militares.

Com seu aguçado sentido de caça, Okhlopkov era a pessoa ideal para instruir jovens snipers, e ele freqüentemente levava um consigo para ensinar a arte de matar à distância. Ele aconselhava os novatos a criar suas próprias técnicas e não imitar as técnicas dos outros, dominar a arte da camuflagem e nunca entrar numa área sem conhecer o terreno e ter um plano de fuga.

Acompanhando sempre o avanço do Exército Vermelho, em 23 de junho de 1944 Okhlopkov participou de um ataque à Vitebsk, perto da fronteira com a Letônia, e foi atingido no peito por uma bala que quase o matou. Esse foi o vigésimo grande ferimento de Okhlopkov, e ele permaneceu em tratamento em hospitais militares pelo restante da guerra.

A biografia de guerra oficial de Fyodor Okhlopkov o credita com um total de 429 mortes como sniper. Contudo, ele era igualmente habilidoso com armas automáticas e seu comandante esporadicamente o enviava com metralhadoras para ajudar a repelir ataques inimigos. É justo concluir que Okhlopkov é responsável por mais de 1.000 soldados alemães mortos.

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Apesar de ser o sétimo maior sniper da história, Fyodor Okhlopkov não recebeu durante a guerra a condecoração de Herói da União Soviética. Naquela época, o Exército Vermelho pormenorizava os méritos de soldados de etnias asiáticas, e apenas dois Yakuts se tornaram Heróis. Associações de veteranos fizeram uma petição junto ao governo, e em maio de 1965, no aniversário de vinte anos da Vitória, Leonid Brezhnev condecorou Okhlopkov com a estrela de Herói da União Soviética. Fyodor Okhlopkov faleceu apenas três anos depois, no dia 28 de maio de 1968, aos 60 anos de idade.

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